O DIA 20 PASSOU, E AGORA?
Como diz a canção, “É hora de transformar o que não dá mais”. Esse nó que aperta a garganta traz à memória da História. Quantas vezes mais as mãos de “irmãos” se estenderam ao oprimido, ofertando o silenciamento? Uma, duas, três, quantas mãos forem necessárias para sufocar o povo negro? Que venham as pedras! Nossos pés inseguros de criança aprenderam a andar por esses corredores, esquivando-se das mordaças que marcaram profundamente a nossa alma. Será que ninguém ouviu o grito? Chegou a hora de transformar o que não dá mais. Se nos calamos? Foi porque nos silenciaram. Não temos ouvido, nem tempo para as feridas esquecidas, onde se fala em quatro paredes sobre o amor, mas quando se corre para o socorro, o “vir como está” é repugnante. Silêncio é resposta de omissão. Hoje clamamos a Jesus de Nazaré pelo povo negro. Tem sido tão pesado que nossos corpos foram condicionados a não transpirar ao caminhar. O cansaço do banzo se transformou em força, o corpo em pânico se libertou para a luta. Que as vozes cansadas, adormecidas, silenciadas, ecoem como se fosse o soar de um tambor nos conectando para movimentar e modificar a estrutura racista. Chegou a hora de desatar os nós, romper as ataduras e denunciar as mãos que ferem e tantas outras que silenciam almas que anseiam por refrigério da fonte de água viva.
Lute você também e levante sua voz profética para denunciar o Pecado do Racismo.
Gabriela Santana Camuçatto é psicóloga e graduada em educação física, especialista em fisiologia. Há treze anos, ela atua na área da saúde e bem-estar, com foco na saúde mental e atenção psicossocial, onde teve o privilégio de encontrar e auxiliar seres únicos que se movem, pensam e sentem a construírem suas trajetórias de forma autêntica. Membro do Ministério Regional AA-AFRO (IM Pinheiros – Distrito Oeste)
Parabéns Gabriela, mais uma pessoa que lutou por um lugar ao sol e tem alcançado.
Não desista nunca, somos todos filhos do Deus único.
Seja qual for a etnia.