Pular para o conteúdo

Assessoria Regional de Promoção dos Direitos Humanos

A Assessoria Regional para Promoção dos Direitos Humanos surgiu recentemente. Em novembro de 2013 o 41º Concílio Regional cria a Assessoria para acolher metodistas que atuam e dedicam-se à defesa da dignidade humana e dos valores do Reino de Deus. Desde então a assessoria atua com a colaboração de irmãos e irmãs que decidem dedicar seus dons e ministérios de maneira voluntária na Missão de Deus.

Coordenação

Pr. Danilo Prado

E O QUE FAZ?

A Assessoria de Direitos Humanos surge para cumprir três objetivos na vida da Igreja Metodista:
a) Assessorar o bispo em assuntos relativos à promoção e defesa dos direitos humanos no âmbito da 3ª Região.
b) Representar a Igreja Metodista em eventos, reuniões, fóruns, órgãos e discussões nos quais a presença da Igreja Metodista for solicitada ou se fizer necessária.
c) Fornecer subsídios às igrejas locais, congregações, pontos missionários e distritos para capacitar a membresia leiga e clériga na reflexão sobre os direitos humanos.

Por assessorar o bispo, entende-se que cabe à assessoria ajudá-lo a refletir sobre acontecimentos do dia-a-dia no qual a dignidade do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, é afrontada e desrespeitada. Diariamente somos atingidos por notícias e acontecimentos que mostram como o mundo jaz no maligno (1 Jo.5.19) e a Igreja tem papel profético de anúncio do Evangelho da Paz e de defesa da dignidade afligida por forças de morte.
Por representar a Igreja Metodista junto à sociedade entende-se que a Igreja representa valores de paz, cuja voz deve-se fazer ouvir quando necessário. E a igreja é parte da sociedade, com seus discípulos muitas vezes fazendo parte das populações marginalizadas, portanto a Igreja ao colocar-se ao lado dos que sofrem por injustiças ou opressão cumpre o mandamento de Jesus de sermos sal e luz em um mundo de trevas.
Por fornecer subsídios à Igreja para auxiliar na reflexão sobre os direitos humanos entende-se que o papel educacional da Igreja é o de capacitar os discípulos e discípulas de Jesus para agirem na sociedade de maneira a representar os valores do evangelho, através de mensagens, textos, reflexões, lições de escola dominical, estudos bíblicos e liturgias.

Desde o seu início, o movimento metodista engajou-se na luta e promoção dos direitos humanos, mesmo antes de tais direitos serem sistematizados. John Wesley empenhou-se pessoalmente para a proibição do comércio de escravos, na luta pela reforma e humanização do sistema prisional britânico, na crítica à escassez e alta dos preços dos alimentos, bem como na criação de um sistema de assistência social a pessoas de baixa renda.
O Metodismo e a luta contra a escravidão – trechos de cartas de Wesley endereçados a Samuel Hoare; Thomas Clarkson; Thomas Funnell; Granville Sharp; Henry Moore; John Wilberforce, que pertenciam aos círculos da Sociedade a favor da abolição de tráfico com escravos e posteriormente formaram uma frente parlamentar que tratou do assunto.

http://ufjf.emnuvens.com.br/numen/article/view/2068

O Metodismo e a luta pela reforma prisional – John Wesley pessoalmente dedicou-se à visitação e capelania carcerária, tendo se empenhado, em conjunto com outros membros das sociedades metodistas, como Lord James Oglethorpe e pessoas que mesmo não sendo metodistas foram influenciadas pela atuação de Wesley, como John Howard. http://aluisiolaurindo.blogspot.com.br/2010/01/capelania-carceraria-contribuicao-de.html
O Metodismo e a falta de alimentos para a população inglesa – John Wesley, que atuava principalmente junto à população mais pobre do Reino Unido, expressara sua indignação contra a falta de alimentos e o alto preço dos gêneros alimentícios, causando grande fome junto aos operários, mineiros e camponeses empobrecidos. A causa da alta de preços e falta de alimentos é atribuída à exploração econômica da terra, que era utilizada para a produção de grãos para fabricação de bebida e para criação de cavalos para exportação, o que diminuía a produção de alimentos para a população. Para combater tal problema ele escreveu o famoso tratado “Pensamentos sobre a falta atual de alimentos” em 1773. http://www.educacional.com.br/metodista/met_wes_bd.asp?codtexto=246
O Metodismo e a assistência aos pobres – John Wesley acreditava que a pobreza era resultado de estruturas sociais injustas, não da “preguiça dos pobres”, crença que ele considerava “diabolicamente falsa”. Portanto o movimento metodista a partir de 1746 forma um fundo de empréstimo para auxílio de pequenos comerciantes. Wesley também organiza em suas capelas clínicas, farmácias e escolas para a população carente.

http://www.igreja-metodista.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=106:john-wesley-cidadao-cristao&catid=78:destaques

Tudo a ver. O tema da Igreja Metodista para o biênio 2014-2015 é “Discípulos e discípulas nos caminhos da missão formam uma comunidade de fé, comunhão e serviço”. Isto reforça a compreensão de que a Missão de Deus ultrapassa a noção de “crescimento numérico”, adotando uma compreensão mais integral do ser humano, ser dotado de alma, espírito e também de corpo, que precisa ter sua inteireza atendida em todas as suas necessidades. Também reforça a compreensão de que a Missão de Deus visa estabelecer sinais visíveis do Reino de Deus na terra, não apenas apontá-los para a eternidade, e isso se faz através da promoção de valores embasados no Evangelho e nas palavras de Jesus. A fé não se constrói sem a comunhão. A comunhão não tem sentido sem o serviço. E a Assessoria de Direitos Humanos está a serviço do povo como promotora da dignidade do ser humano como imagem e semelhança de Deus. 
Em 2014 o Colégio Episcopal emitiu a Carta Pastoral “Evangelho em Ação”, com orientações metodológicas para a Missão de Deus através da ação social. Entre os capítulos da carta, o capítulo 2 orienta como a Igreja deve identificar o problema na vida da igreja e no cotidiano da sociedade. Portanto, os discípulos e discípulas devem estar atentos às necessidades sociais para que saibam, através do uso correto dos dons concedidos por Deus, atuar de maneira profética e servil como promotores do Reino de Deus.

  • Carta Pastoral Evangelho em Ação: ação social da Igreja Metodista

http://metodista.org.br/content/interfaces/cms/userfiles/files/documentos-oficiais/Carta_Pastoral_do_CE-Evangelho_em_Acao_Social29_01_14.pdf

  • Carta Pastoral do Biênio 2014-2015

http://www.metodista.org.br/colegio-episcopal-divulga-carta-pastoral-do-bienio-2014-2016

O Plano para a Vida e Missão diz: “O propósito de Deus é reconciliar consigo mesmo o ser humano, libertando-o de todas as coisas que o escravizam, concedendo-lhe uma nova vida à imagem de Jesus Cristo, por meio da ação e do poder do Espírito Santo, a fim de que, como Igreja, constitua, neste mundo e neste momento histórico, sinais concretos do Reio de Deus.” (Cânones da Igreja Metodista 2012 pgs. 88 e 89) e “A Missão acontece na promoção da vida e do trabalho. Para que haja vida, são necessários comunhão e reconciliação com Deus e com o próximo, direito à terra, habitação, alimentação, valorização da família e dos marginalizados da família, saúde, educação, lazer, participação na vida comunitária, política e artística, e preservação da natureza (At 2.42; 2Co 5.18-20; Jo 10.10, 15.5; 1Jo 1.7).” (Cânones da Igreja Metodista 2012  pg.97). 
O Plano Nacional Missionário, aprovado no 19º Concílio Geral, na ênfase 5 – implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente, diz: “Apoiar todas as organizações que estejam voltadas a programas de sustentabilidade, bem como todas as iniciativas educativas em favor do planeta.” (Plano Nacional Missionário pg. 27) e na ênfase 6 – promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano, lemos:  “Conscientizar sobre os novos desafios com relação à família, orçamento doméstico, violência contra a mulher e trabalho infantil que precisam ser  trabalhados pela Igreja, analisando o contexto social onde a igreja está inserida, desenvolvendo projetos de acolhida, transformação social e  evangelização. Desafiar a igreja a fazer uma leitura de conjuntura e estar atenta aos sinais dos tempos.” (Plano Nacional Missionário pgs. 29 e 30).

  • Cânones 2012-2016​

http://metodista.org.br/canones-2012-2016

  • Plano Nacional Missionário 2012-2016​

http://metodista.org.br/plano-nacional-missionario-2012-2016

Notícias da Camarâ de Expansão Missionária